Europa aprova pacote de ajuda financeira para a Grécia
ESM informou que
foi aprovado o programa de ajuda econômica.
Mais cedo, o último país que faltava votar, a Alemanha, aprovou o plano.
Do G1, em São Paulo
O Mecanismo Europeu de Estabilização
Financeira (ESM, na sigla em inglês) informou nesta quarta-feira (19) que foi
aprovado o programa de ajuda econômica para a Grécia. Após meses de negociações, este foi o último
passo para que o país recebesse o resgate.
A aprovação do plano era necessária
para que a Grécia possa pagar na quinta-feira € 3,4 bilhões ao Banco Central
Europeu.
Os
ministros das finanças dos 19 países da zona do euro, que compõem o conselho da
ESM, adotaram ainda um memorando especificando as reformas econômicas que o
governo grego se comprometeu a fazer em troca de ajuda.
Segundo o ESM, os recursos do pacote de ajuda serão usados para as despesas orçamentais, liquidação de atrasados, financiamento de dívida e recapitalização do setor bancário.
O ESM informou que o valor do novo pacote de ajuda vai depender de decisão do Fundo Monetário Internacional (FMI), que deve anunciar a extensão de sua participação no financiamento do programa. A extensão também vai depender da capacidade da Grécia em implementar reformas as econômicas que se comprometeu a fazer.
"Este acordo dá perspectiva para a economia grega e uma base para o crescimento sustentável. O governo grego é obrigado a implementar este amplo pacote de reformas com determinação e vamos acompanhar de perto o processo. Eu já disse antes que não vai ser fácil. Estamos certos de encontrar problemas nos próximos anos, mas eu confio que seremos capazes de enfrentá-los", disse em nota o presidente do ESM, Jeroen Dijsselbloem.
Meses de impasse
As negociações para que a Grécia recebesse um novo pacote de ajuda levaram meses. O governo de Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, foi eleito em janeiro com a promessa de acabar com medidas de aperto econômico do governo anterior. Em um referendo em julho, os gregos recusaram as medidas de austeridade impostas pela Europa em troca de ajuda, como aumento de impostos e corte nas aposentadorias.
Mais tarde, porém, o governo de Tsipras entrou em um acordo com seus credores, se comprometendo a adotar medidas ainda mais duras que as recusadas no referendo. O premiêreconheceu que assinou um acordo no qual não acreditava, dizendo que foi necessário "para evitar um desastre".
Segundo o ESM, os recursos do pacote de ajuda serão usados para as despesas orçamentais, liquidação de atrasados, financiamento de dívida e recapitalização do setor bancário.
O ESM informou que o valor do novo pacote de ajuda vai depender de decisão do Fundo Monetário Internacional (FMI), que deve anunciar a extensão de sua participação no financiamento do programa. A extensão também vai depender da capacidade da Grécia em implementar reformas as econômicas que se comprometeu a fazer.
"Este acordo dá perspectiva para a economia grega e uma base para o crescimento sustentável. O governo grego é obrigado a implementar este amplo pacote de reformas com determinação e vamos acompanhar de perto o processo. Eu já disse antes que não vai ser fácil. Estamos certos de encontrar problemas nos próximos anos, mas eu confio que seremos capazes de enfrentá-los", disse em nota o presidente do ESM, Jeroen Dijsselbloem.
Meses de impasse
As negociações para que a Grécia recebesse um novo pacote de ajuda levaram meses. O governo de Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, foi eleito em janeiro com a promessa de acabar com medidas de aperto econômico do governo anterior. Em um referendo em julho, os gregos recusaram as medidas de austeridade impostas pela Europa em troca de ajuda, como aumento de impostos e corte nas aposentadorias.
Mais tarde, porém, o governo de Tsipras entrou em um acordo com seus credores, se comprometendo a adotar medidas ainda mais duras que as recusadas no referendo. O premiêreconheceu que assinou um acordo no qual não acreditava, dizendo que foi necessário "para evitar um desastre".
Votação na Alemanha
A câmara baixa do Parlamento alemão aprovou nesta quarta-feira por ampla maioria o terceiro plano de ajuda à Grécia. Dos 585 deputados presentes no Bundestag, 454 votaram a favor, 113 contra e 18 optaram pela abstenção, segundo o resultado oficial.
A câmara baixa do Parlamento alemão aprovou nesta quarta-feira por ampla maioria o terceiro plano de ajuda à Grécia. Dos 585 deputados presentes no Bundestag, 454 votaram a favor, 113 contra e 18 optaram pela abstenção, segundo o resultado oficial.
A aprovação do plano apoiado pela
chanceler Angela Merkel não
estava em risco, já que a grande coalizão de conservadores e social-democratas
dispõe de 504 dos 631 deputados do Bundestag, mas a incógnita era saber o
tamanho do grupo de descontentes em sua bancada.
Com o resultado, a chanceler parece
ter escapado de um voto contrário dos deputados de seu próprio partido. A
contagem de votos por partidos será divulgada nas próximas horas.
Em uma votação aberta na
terça-feira, 54 deputados da coalizão CDU-CSU votaram "não", contra
os 60 que rejeitaram em 17 de julho o início das negociações para o terceiro
resgate da Grécia.
RESUMO DO CASO
- A Grécia enfrenta uma forte crise econômica por ter gastado mais do que podia.
- Essa dívida foi financiada por empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do resto da Europa.
- Em 30 de junho, venceu uma parcela de € 1,6 bilhão da dívida com o FMI. Então, o país entrou em "default" (situação de calote). No dia 13 de julho, outra dívida com o FMI deixou de ser paga, de € 450 milhões.
- A Grécia depende de recursos da Europa para manter sua economia funcionando. Os europeus, no entanto, exigem que o país corte gastos e aumente impostos para liberar mais dinheiro. O prazo para renovar essa ajuda também venceu em 30 de junho.
- Os líderes europeus concordaram em fazer um terceiro programa de resgate para a Grécia, de até € 85 bilhões, mas ainda exigem medidas duras, como aumento de impostos, reformas no sistema previdenciário e mais privatizações.
- O parlamento grego aprovou reformas para conseguir dinheiro para saldar parte do que deve aos credores. Com isso, o Eurogrupo deu aval prévio ao empréstimo.
- No dia 20 de julho, a Grécia pagou os recursos devidos ao FMI e foi declarada adimplente pelo órgão.
- A Europa pressiona para que a Grécia aceite as condições e fique na zona do euro. Isso porque uma saída pode prejudicar a confiança do mundo na região e na moeda única.
- A Grécia enfrenta uma forte crise econômica por ter gastado mais do que podia.
- Essa dívida foi financiada por empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do resto da Europa.
- Em 30 de junho, venceu uma parcela de € 1,6 bilhão da dívida com o FMI. Então, o país entrou em "default" (situação de calote). No dia 13 de julho, outra dívida com o FMI deixou de ser paga, de € 450 milhões.
- A Grécia depende de recursos da Europa para manter sua economia funcionando. Os europeus, no entanto, exigem que o país corte gastos e aumente impostos para liberar mais dinheiro. O prazo para renovar essa ajuda também venceu em 30 de junho.
- Os líderes europeus concordaram em fazer um terceiro programa de resgate para a Grécia, de até € 85 bilhões, mas ainda exigem medidas duras, como aumento de impostos, reformas no sistema previdenciário e mais privatizações.
- O parlamento grego aprovou reformas para conseguir dinheiro para saldar parte do que deve aos credores. Com isso, o Eurogrupo deu aval prévio ao empréstimo.
- No dia 20 de julho, a Grécia pagou os recursos devidos ao FMI e foi declarada adimplente pelo órgão.
- A Europa pressiona para que a Grécia aceite as condições e fique na zona do euro. Isso porque uma saída pode prejudicar a confiança do mundo na região e na moeda única.
Nenhum comentário:
Postar um comentário